quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Excerto da Obra: Goste de Si de Luis Martins Simões

"Gostar implica um sentimento por uma pessoa ou uma coisa, um sentimento que desencadeia uma emoção positiva mais ou menos doce consoante o modo de gostar. Gostar pode ser com paixão ou não. Gostar é um sentimento de que desfrutamos em contacto com alguém ou alguma coisa.
Amar tem um sentido bem mais lato. Eu posso gostar de mim e talvez não me esteja a Amar. Mas posso não gostar de alguém e ainda assim Amá-lo. Como também posso gostar de alguém e não o Amar. Amar não é gostar. Amar é olhar para o outro e aceitá-lo exactamente como ele é, nas suas fragilidades e nas suas forças. Não é preciso gostar do outro para o poder Amar. Amar é aceitar.
Amar-se é aceitar-se. Amar outros é aceitá-los.
Amar é aceitar. Gostar é um sentimento.
Se eu gosto de alguém mas não o Amo, não lhe aceito todas as suas fraquezas, os seus momentos de desequilibrio, as suas violências. É uma paixão forte, mas que se irá esvaziando no seu amor e, provavelmente, virei a sentir-me, com o tempo, cada vez mais apegado e dependente dessa pessoa, por falta de Amor.
A paixão só durará o tempo da paixão. O Amor durará o tempo do Amor, que é eterno e permanente."

O amor é algo de sublime que não nos deixa julgar os outros, apenas nos faz aceitá-los na sua plenitude. As fraquezas, os desequilibrios, as violências, os medos, as virtudes do Ser Humano que amamos, seja ele qual for, serão aceites por nós. Quando amamos esquecemos até que existem limites. Gostar de alguém não implica amar assim como amar não implica gostar. Amar redime-se no aceitar do outro tal como ele é, sem questionar o porquê das suas atitudes. Amar pode significar sofrimento mesmo quando somos aceites pelos outros, mesmo quando amamos arduamente e alguém partilha connosco os mesmos sentimentos.
A paixão, por seu turno, cria dependência, provoca embriaguês, alucinações estonteantes, não nos deixa respirar e limita a nossa liberdade. A paixão desvanece-se por falta de amor.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Excerto da Obra: Doença mental, contra o preconceito para prevenir a exclusão

"Bem...o meu caderno mais parece um livro! E eu fico mais doente só de ler! Quando tento encaixar-me num qualquer tipo de perturbação da personalidade percebo que tenho muito de quase todas elas e concordo com o médico: devo estar mesmo muito doente. Nunca tinha percebido que os meus comportamentos eram resultado de uma doença mental. Nunca imaginei ser capaz de me rever nas páginas dos livros....nem que conseguia ler livros destes!
Concordo com o médico noutra coisa: tenho andado a desperdiçar a minha vida. Mas não sei como mudar...
Sinto-me perdido e confuso. Como se tivesse acabado de nascer e estes fossem os primeiros dias da minha vida. Como se não tivesse tido vida até agora....Os técnicos dizem que é possivel ajudar-me a estabelecer objectivos de vida e a conseguir atingi-los, desde que eu colabore e também o queira.
Os meus pais têm vindo visitar-me. Não param de me dizer como gostam de mim e o muito que desejam que eu consiga fazer algo de bom com a minha vida. Tenho a sorte de ainda os ter do meu lado. Ainda bem que não estão muito zangados com as patifarias que lhes fiz. Dizem que quando for para casa vão ajudar-me e manter-me no caminho certo e que tudo farão para me apoiar e compreender. Percebo que, afinal, são uns tipos simpáticos!"

É bom relembrar que a estabilidade emocional de um doente só depende de si próprio ainda que todos os que o rodeiam marquem um papel fundamental na sua recuperação. Torna-se importante que o doente reconheça os seus sintomas, os seus problemas e que sobretudo abra um caminho de esperança onde todos os técnicos, familiares e demais envolventes possam sobretudo ajudar e pacificar todo o sofrimento de uma vida.
O perdão deve coexistir sempre na linha de base de quem sofre de algum tipo de distúrbio emocional. A compreensão dos outros torna-se fulcral no bem-estar do doente. Quando se sofre deambula-se por caminhos incoerentes e constroem-se atitudes muito dispares, por isso é importante saber perdoar, saber agir e mais do que tudo saber compreender os que sofrem muitas vezes sem causas aparentes.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Filme: "O Quarto do Filho"




"Giovanni, a sua mulher Paola, e os dois filhos adolescentes, Irene e Andrea, vivem uma pacata existência numa pequena cidade no Norte de Itália. No consultório, anexo à casa da família, Giovanni, psicanalista, recebe os seus pacientes, que lhe confiam as suas neuroses. Num domingo de manhã, Giovanni recebe um telefonema de um doente que precisa de o ver com urgência. Giovanni tem assim que cancelar a corrida que tinha programado com o filho, Andrea. O rapaz vai então mergulhar com os amigos...mas não volta."

Adiar uns minutos, umas horas com a familia, é como que adiar uma vida eterna de bons momentos. Por uma mudança de planos poder-se-á perder tudo o que se havia sonhado. Hoje em dia, as familias, os pais colocam o trabalho à frente da educação dos filhos. Ignoram a importância dos gestos de afecto, de carinho, dos momentos bem vividos em busca de alcançarem o sucesso profissional. E agora pergunto? De que lhes serve o sucesso...se podem perder o bem mais precioso das suas vidas...um ser humano que por acaso é seu filho.
Hoje em dia são raras as familias que vivem ou melhor convivem, compartilham, são raros os que se amam verdadeiramente.
E a questão ainda vai mais longe, se as familias são destruturadas como poderão haver amizades puras, univocas, sinceras, leais, compreensivas....Não sei talvez isso seja raro de encontrar.....Os valores perderam-se num mundo em que a hipocrisia persiste em caminhar.

O filme "O quarto do filho" é absorvente. Nele está patente a forma como as familias cuidam dos seus filhos, como são capazes de abandonar planos de um Domingo para ajudar outras pessoas.
Hoje em dia, vive-se em função de objectivos profissionais e caminha-se em torno de simples palavras como a ingratidão, a solidão, o desespero e a revolta.
Actualmente, só se dá valor às pessoas quando as perdemos.

by Zara Mesquita

2ª Critica cinematográfica

A VIDA É BELA, MAS...

A imagem de Andrea, camisola de fato de treino vermelha, correndo ao lado de Giovani, o pai, percorre todo o filme, conduzindo emocionalmente o espectador desde o “trailer” de promoção. Mas aquela corrida matinal não existiu verdadeiramente, Andrea já não pôde fazer aquele percurso com o pai. Na pequena cidade costeira do norte de Itália, onde todos se conhecem, ninguém mais poderá reconhecer aqueles dois naquele percurso e ele apenas existe na construção imaginária e delirante de um pai que desejaria ardentemente voltar atrás no tempo. De um pai que sofre com a impotência derivada da impossibilidade de alterar o passado, que se revolta com as explicações de fé dogmática sobre poderes de exclusividade divina, de um pai que mergulha em rituais de autoflagelação como estranho sedativo para a culpa que lhe queima o peito. Giovani bem pode olhar o caixão contendo o corpo sem vida do filho Andrea a ser lacrado e aparafusado, bem pode deixar-se asperamente sacudir num daqueles aparelhos de feira destinados a masoquistas, bem pode continuar a dialogar surdamente com o filho desaparecido, mas, o que o reputado e experiente psicanalista não consegue para si mesmo é a redenção emocional que a tragédia nele provocou.

Antes era apenas o norte de Itália, o beijo gelado das águas do Adriático, a cidade de Ancona. Era também a meticulosa construção narrativa, a antecipação, a errónea criação de expectativas para a tragédia, a estruturação dramática a requerer desenvolvimento. Duas vertentes foram privilegiadas antes do período de crise sobre o qual se constrói este filme tão simples de processos, mas tão intenso na ambiguidade de sentimentos que um determinado grave acontecimento pode proporcionar. De um lado a família feliz, Giovani, o pai e marido devoto, a mulher Paola e os dois filhos. Ele, Andrea, ela, Irene. Do outro lado o profissional competente e sereno numa actividade complexa, a psicanálise. De um e de outro lado, em conjunto, os pequenos problemas inerentes a cada uma das vertentes da vida, os prazeres normais que esta igualmente encerra. Até que numa manhã daquele que parecia vir a ser apenas mais um fim-de-semana, Giovani é obrigado a abdicar do “jogging” com o filho por motivo de uma chamada de um dos seus pacientes. E Andrea vai mergulhar com os amigos, vai mergulhar na embolia cerebral que o levará à morte, não haveria mais oportunidades para o “jogging” dos dois. Com a morte de um dos seus, a família inicia entre si um processo de desagregação. Enquanto Paola sofre a perda de modo consciente de que existira ali um fim, Giovani não supera o sucedido, não suporta a sua ausência forçada naquela manhã. Entre a dor de um e a revolta de outro, Irene, a outra filha, deriva até que igualmente naufraga.

«O Quarto do Filho» é um filme sobre a mais dolorosa das atrocidades para um pai (e mãe, obviamente), a perda de um filho. No entanto, e ainda que trate de um tema tão difícil e cuja essência dramática com facilidade poderia despertar a fácil emocionalidade no espectador, Moretti consegue fugir brilhantemente a essa vertente de menoridade cinematográfica por via de um claro distanciamento dos tão batidos estereótipos concepcionais do género. Como o próprio terá algures afirmado, longe dos seus habituais tiques e obsessões e na posse de uma acentuada maturidade, o realizador constrói uma atmosfera densa mas brutalmente real (com destaque para a cena do fecho da urna, de extremada potência em termos de choque emocional) e, evitando moralismos inconsequentes, o filme termina até de forma brilhante nunca mostrando a superação do drama familiar (superação de impossibilidade acentuada, acrescento eu) mas fazendo acreditar que é possível – creio mesmo que acima de possível, desejável – que o decurso normal das vidas deva prosseguir (aproveitando – e simbolizado – na ajuda exterior e tácita de Ariadne).

Excelente trabalho de actores, com relevo para o próprio Moretti e para a sua linda esposa no filme (Laura Morante), mas o simples benefício da dúvida para o registo de Giuseppe Sanfelica (o filho Andrea) por via de uma exacerbada demonstração de falta de entusiasmo. Muito mais que aquilo que o papel lhe pedia.

«La Stanza del Figlio» debruça-se pois, de forma sensível e inteligente, sobre uma das questões mais dolorosas relativas às adversidades e complexidades do homem e da família. A não perder.

by Joaquim Lucas

Filme: "A Proposta"

"Apesar da sua imensa riqueza e influência na sociedade de Boston, em 1935. Arthur Barret não pode dar à sua esposa, Eleanor o que ela mais deseja na vida - um filho. Desesperados e sem alternativas acabam por recorrer a uma solução impensável para os tempos em que vivem - um filho por encomenda....Roger Martin, um jovem estudante de Direito, aceita com algum receio a invulgar proposta de gerar esta criança, mas tudo se complica quando se sente fortemente atraído por Eleanor. Para evitar o escândalo ela procura refúgio no Padre Michael Mckinnon que também se apaixona por ela conduzindo-as a inesperadas consequências...."

Quanto mais se deseja infringir as leis da Natureza, mais complicações surgem.
O verdadeiro pecador é aquele que conhece Deus, o Padre é apenas aquele que pretende alcançá-lo.
Não podemos passar por cima de barreiras, de sentimentos que nos ultrapassam. Não conseguimos ignorar o que o nosso verdadeiro coração sente.

O filme gira em torno de uma história simples mas cheia de simbolismo.
O desejo de Eleanor querer ter um filho, conduziu-a à dor, à tristeza e à morte. Eleanor envolveu-se com um estranho - Roger - que preenche os requisitos de uma simples entrevista de "fecundação". Roger apaixona-se individamente por Eleanor. Como a sua amada é casada, e Roger é apenas o meio que encontraram para conhecer o verdadeiro prazer da concepção e gravidez, Arthur Barret tenta que este se afaste dela. E inesperadamente Roger conhece a morte pelo veneno de uma criada.
Eleanor, perde o filho de Roger e encontra a paz e o amor nas mãos de um padre - Michael Mckinnon. Com o padre concebe dois gémeos saudáveis, provindos de um amor proibido. Ainda assim como a felicidade não é de todo univoca, Eleanor falece no parto.
Michael percebe então que ao pecar com Eleanor, conhece finalmente o verdadeiro Deus.

Um filme que recomendo a quem espera alcançar fins sem medir bem os meios.
Não podemos querer tudo de uma vez, porque o desfecho será trágico.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Aos 21 anos - A Solidão

Com apenas 21 anos perdia-me em imagens mirabulantes repletas de emoção e em jeito de último grito escrevia assim um poema longo, cheio de dor.....onde estaria a minha verdadeira existencia? Perdida certamente! Hoje já nada destes sentimentalismos me inundam a alma. Hoje aprendi a viver feliz.

Movimentos sinceros
Paisagens que me transcendem a alma
Olhar brilhante, compadecente de infortúnios da vida
Distâncias inoportunas, sofrimentos emanes
Lamúrias existencialistas

Compromissos que não tenho
Viver o passado é algo de constrangedor
O Futuro está ao fundo de um caminho cheio de flores
As flores elevam-me o espírito
Sentimentalismos estonteantes

Sonhos perdidos na incompreensão dos demais
Desmoralização do meu inconsciente perante a crueldade da vida
Inoportunas amizades, amores contraditórios e infinitamente incoerentes
Lembranças que não poderão atormentar a alma
A alma será para sempre prevista no meu olhar

by Zara Ramalho

Significado de um nome singelo: "o meu" ZARA

Zara

Do árabe zahra que significa “flor de laranja”. Existiu uma cidade próxima de Córdova que se chamava Zara da qual ainda existem ruínas. Nome luminoso e evocador. Agradará a todos.

Emotiva e intuitiva. Zara não gosta de exibir o seu íntimo. Com oportunismo, apesar de espontaneamente, arma um círculo de amigos para satisfazer a sua necessidade de ser centro de atenções – aliás em qualquer parte o será – e de dominar com alegria e descontracção. Também a vida afectiva será fruto de tacto e discernimento, mais do que paixões descontroladas.


Personalidade: 1 Planeta: Sol Ser: 2 Estar: 8

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Poor Me, COLDPLAY



Nesta melodia apercebo-me do nosso retrato....estamos tão perto e ao mesmo tempo tão longe....não te compreendo meu anjo....não entendo o teu medo....talvez assim, com os teus avanços e recuos simultâneos, cries em mim uma esperança, uma chama acesa que vai permacendo no vazio da noite....é esse o caminho que escolheste para nós, é esse o sítio escondido que vives constantemente em nós.....
Chegou a hora de conhecer o meu sentimento, a minha dor, o amor que transborda por todas as veias do meu ser, mesmo quando nunca estiveste aqui no meu ser.....
Amo-te e tu amas-me?
Não sei......
E então quem sabe?
Ninguém, apenas eu........

No mês de Outubro....um artigo para o jornal do Núcleo da FCHS

Seremos Ouvidos ou apenas Escutamos?

Zara Mesquita

Quando finalmente conheci esta Faculdade, com a minha entrada no curso de Psicologia, foram me dadas imensas possibilidades de a amar por dentro e de fazer dela a minha “casa”. O primeiro convite para fazer parte desta casa surgiu de Marcos Bonito, o antigo “revolucionário” da FCHS. Acatei todas as solicitações e entrei no “mundo” da FCHS, permanecendo em todos os órgãos de gestão como representante dos alunos. Com o propósito de poder ajudar a melhorar a nossa faculdade, estabeleci pontos de comunicação entre os alunos e os professores dos diferentes Departamentos, não esquecendo a importância e individualidade de cada um deles. É claro que tudo isto não se consegue sozinha, e por isso mesmo desafiei alguns alunos de outros cursos para comigo intervirem no dirigismo académico.
Desde o ano lectivo 2004/2005 passei a colaborar com o Conselho Directivo, Conselho Pedagógico, Senado Universitário, Assembleia de Representantes da FCHS e Assembleia da Universidade. Em alguns momentos senti que a minha colaboração passou de uma forma transparente, quase inócua; nuns casos talvez pelo cargo em si, que assumi na condição de suplente; mas noutros, certamente pelo facto de ser efectiva, tomei posições e atitudes mais apropriadas, ou seja, mais interventivas.
Em dados momentos, ao longo destes anos, temi que a minha permanência fosse inútil nos diferentes órgãos da FCHS, devido à atitude serena e apaziguante em que me refugiei. Esta posição, talvez tivesse sido suscitada por timidez, talvez porque nada mais havia a dizer, ou porque havia outro colega que falaria por todos.
Neste último ano, surgiram pela primeira vez duas listas de alunos para os diferentes órgãos, e ainda que não tivéssemos feito qualquer campanha ou pressão sobre os colegas, os mesmos consideraram que a nossa lista seria uma boa alternativa. Este facto proporcionou à faculdade uma maior e melhor divulgação dos órgãos. Ainda assim tornou-se evidente a falta de feedback dos alunos, que não fazem parte destes órgãos. E daqui surge a fraca rentabilidade dos mesmos, derivada do facto de não haver colaboração mútua. Para ser mais elucidativa, escasseia a comunicação directa entre aluno-professor, talvez por timidez dos alunos que não vivem a faculdade e não lutam por um futuro melhor. E sem o apoio dos alunos, os professores e os diferentes órgãos tornam-se pouco actuantes e quase inexequíveis.
Actualmente todos percebem que os alunos fazem a Universidade e são principalmente eles que desencadeiam a união institucional. Ora se os alunos permanecem impávidos e serenos também os professores nada poderão fazer. É simples. Um facto leva ao outro. A união não surge.
É uma pena coexistirem cursos na Faculdade que sobrevivem com alunos que por vezes se “esquecem” de comparecer às aulas. É lamentável saber que alguns professores universitários, neste momento, podem ter a sua vida académica comprometida.
Assim sendo, coloca-se a questão: Seremos ouvidos ou apenas Escutados?!. Por isso, importa saber qual o verdadeiro papel dos alunos nos diferentes órgãos de gestão da FCHS. Apenas sabemos que os órgãos existem e que todos estão ao nosso dispor. Também penso que se a FCHS tivesse um orçamento mais significativo, poderíamos construir um futuro melhor e, sem dúvida, teríamos uma gestão do capital humano mais profícua, não havendo a necessidade de “destruir” cursos e voltar a “reanimá-los”.
Fazendo um balanço de todos estes anos, julgo que a minha experiência nos diferentes órgãos de gestão tem sido positiva, embora admita que a partir de determinado momento silenciei a minha voz para ouvir melhor a dos demais colegas.

No dia da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais foi assim....

Exmo. Sr. Reitor da Universidade do Algarve
Exmo. Sr. Presidente do Conselho Directivo
Exmo. Sr. Presidente do Conselho Cientifico
Exmo. Sr. Presidente do Conselho Pedagógico
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia de Representantes
Representante dos funcionários não docentes
Exmos. Docentes aqui presentes e Caros colegas, peço desculpa se não cumprimentei algum dos convidados

Foi com muito agrado que aceitei, sem pestanejar, o convite para estar presente num dia em que os novos alunos, meus futuros colegas, são acolhidos por esta “grande família”, apelidada de FCHS.
A Universidade do Algarve já faz parte da minha vida, desde o ano lectivo 2002/2003. Nela cresci, aprendi e, sobretudo, construí um caminho delineado pelos meus princípios. Nesta Universidade, foram-me dados a conhecer os melhores instrumentos para construir um futuro promissor. Na minha Cidade Natal tive o prazer de conhecer duas faculdades distintas, mas de grande valor. Depois de passar dois anos lectivos na Faculdade de Economia, rumei para outras paragens e na FCHS aterrei.
Quando finalmente conheci esta Faculdade, com a minha entrada no curso de Psicologia, foram-me dadas imensas possibilidades de a amar por dentro e de fazer dela a minha “casa”. Na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais conheci aqueles que seriam a minha família, por pelo menos 4 anos, e, por isso pensei, que o melhor passo a dar era lutar pelo sucesso e pela sã convivência académica no seio da mesma.
Por conseguinte, desde o ano lectivo 2004/2005 passei a colaborar com o Conselho Directivo, Conselho Pedagógico, Senado Universitário, Assembleia de Representantes da FCHS e Assembleia da Universidade, umas vezes como efectiva outras como suplente. A minha experiência tem sido bastante positiva e espero que um dia, muitos destes novos colegas que aqui chegaram acolham esta Faculdade como uma “família”.
É importante enunciar que tudo está ao vosso dispor, porque temos um leque de oportunidades vasto; o truque passa por conquistá-las.
Os Docentes e Funcionários estarão sempre presentes ao longo do vosso percurso académico, como têm estado no meu e no de todos. Façam desta faculdade a vossa casa, a vossa família e não criem expectativas díspares ou erróneas sobre os vossos cursos. Sigam as vossas intuições e sonhem acordados.
A FCHS constituiu-se em 2001 e, actualmente, ministra diversas licenciaturas que fazem parte integrante de quatro departamentos: Departamento de Ciências da Educação e Sociologia; Departamento de História, Arqueologia e Património, Departamento de Letras Clássicas e Modernas e Departamento de Psicologia.
Na FCHS subsistem também cursos de especialização, pós-graduações e mestrados afectos a todos os Departamentos. E, não menos importante, foram desenvolvidos centros, laboratórios e grupos de investigação que realizam a sua actividade em diversas áreas e domínios científicos, de entre os quais destaco, muito particularmente, o Grupo de Neurociências Cognitivas e o Centro Universitário de Investigação em Psicologia.
Rumo ao Sul, tenho a certeza que na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais conhecerão pedagogos que por vós serão lembrados para sempre. Poderemos ser já uma grande família, mas se lutarmos mais, ao lado uns dos outros, estou certa de que cresceremos muito mais.
Lembro que a nossa “família” dispõe de núcleos pedagógicos, onde os alunos também podem dar voz à sua própria voz, ainda que os mesmos estejam afectos à Associação Académica da Universidade do Algarve. O núcleo de estudantes de Psicologia (NEPSI), o núcleo de estudantes de Ciências da Educação e Formação (NECEF) e o núcleo pedagógico da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (NEFCHS), são os que nasceram e persistiram ao longo destes anos.
O núcleo pedagógico da FCHS, actualmente coordenado pela aluna Ana Tarrafa, pela Andreia Fidalgo e pelo David, têm manifestado interesse na incrementação da vida sócio-estudantil na nossa faculdade através da publicação de um jornal. Nele se têm descoberto alunos de talento que criticam e deambulam por assuntos muito prementes, mas que fazem parte da nossa vida académica. O núcleo Pedagógico tem desenvolvido também um importante papel, ou seja, ouvir os alunos em reuniões periódicas, para que à posteriori se faça a ponte do que foi discutido com os demais órgãos da Faculdade.
O núcleo de estudantes de Psicologia, coordenado essencialmente por Vítor Ortuño, e demais colegas, renasceu de um antigo projecto, e, por si só, emergiu com várias actividades, nomeadamente palestras no âmbito desta nossa Ciência Humana. Neste núcleo foi também imprescindível a edição de um jornal, onde todos os futuros psicólogos podem publicar pequenos artigos sobre inúmeras problemáticas, não relativizando de todo qualquer patologia. Este núcleo destaca-se principalmente na orientação de todos os alunos de Psicologia e no seu percurso académico, nomeadamente no que diz respeito ao Processo de Bolonha. Afecto a este núcleo existe ainda um site, onde os demais alunos podem disponibilizar os seus apontamentos on-line, enviar os seus artigos, ter acesso a todos os jornais já editados e conhecer um pouco mais das funcionalidades do próprio núcleo.
Por último, torna-se imprescindível enunciar aqui a importância de todos nós, alunos, ao fim e ao cabo a alma e a essência desta Universidade. Actualmente, todos percebem que os alunos constituem em si a própria Universidade, e são, principalmente, eles que contribuem para a união institucional. Ora se os alunos permanecem impávidos e serenos também os professores nada poderão fazer. É simples. Um facto leva ao outro. A união não surge.
Por isso, amem esta “casa”, instalem aqui as vossas cadeiras, sentem-se, acomodem-se e levantem-se apenas nos momentos mais oportunos. Todos vão estar por perto, sejam eles funcionários, docentes e/ou antigos alunos. Somos um grupo de amigos e assim continuará a ser... basta quererem.

Representante dos alunos da FCHS - Universidade do Algarve
Zara Ramalho V. V. Mesquita - Estudante de Psicologia

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Mar de Março.......

Não te conheci mas sonhei contigo
Não te acolhi mas amei-te
Não vivi nossso amor mas desejo-te
Não respiro por saber que partiste
Não ousei parar por um instante
Não bebi teu choro, teu sorriso
Não olhei para ti mas senti-te

Ainda assim, sei que irás regressar
Adeus e até já!!!

by Zara Ramalho

Feliz aquele que ama!

1.
Feliz aquele que ama
Sonhador aquele que vive
Complicado aquele que não quer ver
Amistoso aquele que se prepara para sonhar



2.
Ama com intensidade
Vive com dignidade
E sobrevive se caíste

Quem te sorrir um dia
Retribui sem olhar para trás
Mostra quem és e quem serás

Meu coração doce
Desconhece crueldade
E vive na ignorância



3.
Acordei sobressaltada
Pesadelo teu que me estremeceu
Juntas-te ao meu regaço
E o aconchego torna-se eterno

Descansa a alma
E olha como sou
Vê como cresci
Sente que já não sofro

Apaga teus pesadelos
E vive comigo no meu coração
O passado já a água levou na corrente
Que construímos juntos

by Zara Ramalho

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A vida surge de uma gota de amor......