terça-feira, 18 de maio de 2010

O pano de Seda

Ao longe vi um pano de seda....frágil, sujo, pequenino demais...diria talvez indefeso que circundava num espaço demasiado árduo e absorvente para se definir como aconchegante e singelo. Fechando os olhos reconheço que aquele pano de seda que outrora foi multicolor e cheio de força, neste momento é nada mais nada menos que apenas um farrapo que um dia sonhou demais à procura de uma vitória que nunca soube qual seria. Olhando o mar, recordo como falhei por não te ter dito o quão era importante veres-te como gente grande. Esqueci-me de te pedir que cuidasses de ti....falhei e todos nós falhámos. Afinal, somos todos seres humanos com alma e coração. A vida é tão pequenina....então porque facilitamos? Talvez porque somos todos seres humanos que não olham para a vida com a lucidez necessária. Hoje, sentei-me num novo espaço e apercebi-me de como não dei importância às pequenas coisas. Deixei a vida escapulir-se por entre as nuvens da minha alma e não quis amar o Sol.
Talvez, agora esteja a crescer de uma forma diferente, para uma nova dimensão, para um novo mundo...onde tudo tem de ter sabor, calor, amor, respeito e sobretudo o verbo ou verbos "Cuidar" e "Gostar". No entanto, estes simples verbos teriam de ser acompanhados do Cuide de Si e do Gosto de Si. Porque na época do "aqui e do agora" em que tudo é tão passageiro e incoerente mas consequente há que pensar em nós mesmos. Sei que falhei muitas vezes quando olhei demais para os outros. Aqui, em frente ao mar sei que chegou o momento de me ver e de olhar por mim....porque a vida é uma leve pluma que um dia voa, voa, voa e não volta.
Não olhe demais para os outros, olhe para si e cuide-se todos os dias.

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