sexta-feira, 30 de outubro de 2009

2º Passo...de uma longa caminhada



O amor é como uma pauta de música....dura....dura...e dura ao som das notas musicais....i love you

domingo, 25 de outubro de 2009

Loucura do Amor

"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura"

Nietzsche , Friedrich, "Assim falava Zaratustra"

Politica mediocre

"O drama da nossa política é que as pessoas de valor não se querem misturar com os medíocres e acabamos por só ficar com estes últimos. "
Ricardo Reis

A Fonte da Felicidade Reside Dentro de Nós

O hábito de me recolher a mim mesmo acabou por me tornar imune aos males que me acossam, e quase me fez perder a memória deles. Desse modo, aprendi com base na minha própria experiência que a fonte da felicidade reside dentro de nós e que não está no poder dos homens fazer com que fique realmente desgostosa uma pessoa determinada a ser feliz. Por quatro ou cinco anos desfrutei regularmente de alegrias interiores que almas gentis e afectuosas encontram numa vida de contemplação.

Jean-Jacques Rousseau, in 'Devaneios de um Caminhante Solitário'

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"A Noiva Judia"

"Costumava forçar-se a chorar antes de chegar a casa, depois de estar com seu amante. Olhava-se no espelho do elevador e dizia a si própria baixinho que o tempo lhe havia de roubar toda a beleza."


Pedro Paixão, A Noiva Judia

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Democracia

Democracia: "um conjunto de regras (primárias ou fundamentais) que estabelecem quem está autorizado a tomar as decisões colectivas e com que procedimentos" (Bobbio, 1884, p. 30).

Bobbio, N. (1984), O Futuro da Democracia, Paz e Guerra, S. Paulo.



"a democracia é a única forma de regime cuja legitimação implica necessariamente a comunicação" (Blumer, 1987, p.169)

Coldplay - Don´t Panic

Para ti....o nosso mundo pequenino num coração cheio de emoções....

PSICOLOGIA SOCIAL: Altruismo



Resumo:

O presente estudo foi elaborado com o intuito de verificar se o estado de humor do indivíduo influencia a sua predisposição para ser altruísta. Para esta investigação utilizamos uma amostra de 63 estudantes dos cursos de psicologia e sociologia da UALG com idades compreendidas entre os 17 e os 45 anos. Foram aplicados questionários para avaliar o nível de altruísmo.
Os principais resultados obtidos revelaram que os participantes não obtiveram diferenças significativas nos níveis de altruísmo ao experimentar diferentes estados de humor.
Neste estudo pretendemos averiguar se através da infusão de emoções é possível influenciar a intenção/comportamento altruísta do indivíduo, utilizando um texto que induziria emoções positivas e negativas.

Enquadramento Teórico:

Este estudo foi realizado com base nos pressupostos teóricos que defendem o facto de o altruísmo poder ser influenciado pelo estado de humor do indivíduo. Para compreender este fenómeno é preciso perceber o que é o altruísmo.
O altruísmo é um comportamento que visa beneficiar o outro mas que não beneficia directamente o indivíduo por ele responsável. Pode por vezes envolver custos e é realizado sem expectativas de recompensa. Esta predisposição para ajudar o outro manifesta-se de diferentes formas consoante o indivíduo e as circunstâncias. Assim, um dos factores que pode influenciar o altruísmo dos individuos é o seu estado de humor.
As pesquisas mostraram que os individuos que se sentem bem estão muito mais disponíveis para ajudar alguém que precise do que os individuos que se sentem mal. Quando os individuos se sentem bem, estão menos preocupados com eles próprios e estão mais sensíveis às necessidades e problemas dos outros. (Isen & Stakler, 1982) Em contraste, os individuos que se sentem mal, tristes ou deprimidos focalizam-se em si próprios. Concentram-se nos seus próprios problemas; assim, estão menos preocupados com o bem-estar dos outros e são menos altruístas.
Hornstein (1982) afirma que as boas notícias facilitam o acesso a cognições positivas em relação a várias actividades, incluindo ajudar, o que vai levar a um aumento do comportamento altruísta. Por oposição, Hornstein (1982) afirmou também que ouvir más noticias tornarão mais acessíveis as cognições negativas o que vai diminuir a predisposição para ser altruísta. Hornstein, LaKind, Frankel e Manne, (1976) providenciaram várias evidências consistentes com essas afirmações.
Conclui-se portanto que as emoções podem influenciar a predisposição do individuo para ser altruista.


Estudo Empírico

Tendo em conta estes pressupostos teóricos criamos a seguinte hipótese:
Os participantes das condições de Humor positivo apresentam um valor superior nas respostas de intenção altruísta em relação aos participantes de condição de humor negativo.


Método

Design e amostra

O estudo baseou-se numa variável independente manipulada em função de três condições: humor positivo, humor negativo e neutro. Num total 63 participantes tendo a condição positiva 24, a negativa 23 e a neutra 16.

Participantes

Participaram no estudo 63 estudantes do sexo feminino do 1º e 2º ano dos cursos de Sociologia e Psicologia. A cada sujeito era atribuída de forma aleatória, uma de três condições: humor positivo (24 participantes), humor negativo (23 sujeitos) e apenas no 2º ano de Psicologia se aplicou a condição de controlo (16 sujeitos).
Foi decidido que o questionário seria apenas passado a sujeitos do sexo feminino destes cursos/anos para que alguma destas variáveis não tivesse influência nos resultados (variáveis de controlo).
A média de idade dos participantes foi de 22,13 anos sendo o mínimo 17, o máximo 45 e o desvio-padrão 5,942.

Procedimento

Mediante a autorização dos professores, os questionários foram passados nas salas de aula.
Fez-se uma breve introdução em que se frisou ligeiramente o objectivo do estudo, pedindo-se aos participantes que lessem atentamente um texto e respondessem aos questionários. Assegurou-se a confidencialidade dos dados. Quando todos os participantes tivessem terminado, era feito o debriefing, em que se explicava aos participantes o verdadeiro objectivo do estudo. Agradecemos então a colaboração dos mesmos.

Instrumentos

Para a recolha de dados, foi utilizado um questionário que continha 43 afirmações sobre as quais os participantes deviam identificar, numa escala de Lickert, o grau de concordância em relação a essa afirmação.
Foram também utilizados dois tipos de texto (excepto na condição neutra em que não era apresentado nenhum texto): um positivo e outro negativo. Estes textos foram usados com o intuito de despertar no sujeito um certo tipo de humor, relacionado com o mesmo texto.

Apresentação e Análise dos Resultados:

Os resultados obtidos permitiram concluir que o tipo de texto apresentado induziu o humor pretendido, já que, F (1,44) = 53.580, p=.000. Resultados estes, que foram retirados da análise dos dados elaborada no SPSS.
A média das respostas à pergunta relacionada com o nível de satisfação após o texto foi de 2.95 na condição negativa (desvio-padrão = 1.526) e 7.35 na condição positiva (desvio-padrão = 2.420).
No entanto, não foram encontradas diferenças significativas entre as três condições (positiva, negativa e neutra) na forma como os sujeitos responderam as perguntas do questionário. [t (4,814) = -.241 , p = .820)].
Tentou-se por isso, ver quais as perguntas com maior consistência e estas últimas foram reunidas em dois grupos diferentes, pois tinham um alfa de Cronbach elevado. O primeiro grupo de perguntas composto por 5 itens tinha um alfa Cronbach de .832. O segundo grupo composto por 6 itens tinha um alfa de Cronbach de .734. Procedeu-se deste modo de forma a que as diferenças se revelariam significativas.
Apesar disso, a única diferença significativa que se constatou foi a nível do segundo grupo de perguntas entre a condição neutra e a negativa, (p = .014).
Ao contrário do que era previsto, na condição negativa os participantes obtiveram valores superiores na média das respostas.

Discussão

As emoções não interferem no altruísmo dos indivíduos. Apesar de na condição negativa se observarem valores superiores nas médias de resposta, esses valores só foram significativos em relação à condição neutra e tendo apenas como base, o segundo grupo de perguntas.
Assim sendo,a nossa hipótese não se verificou.
Os resultados encontrados podem dever-se a vários factores, entre os quais o facto do questionário não medir efectivamente o altruísmo.
Além disso, uma vez que o altruísmo pode ser um traço estável da personalidade, é difícil conseguir alterar esse traço através da infusão de emoções.
Pode também apontar-se como outro factor a desejabilidade social, visto que a pessoa pode responder consoante aquilo que ela acha que a sociedade aprova, o que vai impedi-la de responder sinceramente.
Para um futuro estudo nesta mesma área, dever-se-ia ter um questionário que medisse realmente o altruísmo, assim como um pós-questionário que seria aplicado após a leitura do texto e permitiria comparar o nível de altruísmo antes e depois dessa mesma leitura.
Os textos deveriam ser testados para ver se induzem mesmo as emoções pretendidas.
Também seria desejável que as condições de aplicação fossem as mesmas para todos os participantes, visto que em certos casos (questionários passados no final de uma aula ou durante o intervalo), os participantes poderiam estar com pressa, cansados e portanto com menos disponibilidade para responder ao questionário.

Referências Bibliográficas

• Campenhoudt, L. V. & Quivy, R. (1998). Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa. Gradiva.
• Leyens, J. P., & Yzerbyt, V. (1997). Psychologie sociale. Bruxelles: Mardaga [ trad. Port. : Psicologia Social. Lisboa: Edições 70, 1997]
• Pereira, A (2003) Guia prático de utilização do SPSS. Análise de dados para Ciências Sociais e Psicologia. Lisboa: Edições Sílabo
• Ribeiro, J. (1999). Investigação e avaliação em psicologia e saúde. Lisboa: Climepsi
• http://chuma.usf.edu/~penner/altruismsurvey.htm

nº 23192 - Zara Vilhena Mesquita

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Love is....

A publicidade jornalisitica e as questões politicas

"As organizações politicas utilizam o campo jornalistico como o cenário natural da concorrência politica, o seu 'espaço público' particular para as suas controvérsias, canalizar as suas propostas para a sociedade, difundir os seus projectos, publicitar o seu sistema de valores, articular mobilizações e impulsionar as suas acções colectivas pontuais" (Séller, 2001, pp. 124-125).

"A perspectiva de qualquer transformação no campo jornalistico está condicionada pela necessidade de uma mudança social profunda (...) que tenha como conteúdo a valorização da informação como um bem público, assim como uma redefinição do jornalismo, de tal forma que o objecto fundamental do trabalho jornalistico, nesta nova concepção, seja tornar compreensivel os factos sociais, politicos, económicos, culturais que marcam a vida social para o maior número possivel de pessoas".

Séller, C. (2001), "Los Medios y la Formación de la Voz en una Sociedad Democrática", Análisi, 26, pp. 121-144.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Filme: Duplo Amor - Two Lovers




Leonard, um homem só e apaixonado entre duas mulheres

«Duplo Amor», título português para o mais recente filme do realizador James Gray, retoma aquilo que infelizmente o cinema americano tantas vezes se esquece de fazer: colar a vida ao ecrã exactamente como ela se desenrola. Provavelmente o último filme desse extraordinário actor que é Joaquin Phoenix dado ser sua intenção dedicar-se por inteiro a uma carreira musical, a trama detém-se sobre Leonard (Phoenix) um homem marcado pelo drama no amor. E é por uma tentativa de suicídio de Leonard que a película se inicia, ele que é bipolar intercalando a depressão mais profunda com a euforia desregrada.

Leonard amou muito uma mulher de quem esteve noivo. Mas a descoberta de uma doença que tornava o casal incompatível na hora de ter filhos (se nascessem morreriam antes de completar um ano) levou a sua apaixonada para lugar desconhecido arrastada pelos pais. O jovem amante procurou durante anos a mulher que amava, mas, sem obter o desejado êxito nessa busca, regressa a casa dos pais em Brooklyn, Nova Iorque. Curiosamente, ao longo do filme iremos observar como aos pais, nomeadamente à mãe Ruth (Isabela Rossellini), apenas interessa a felicidade do filho independentemente das humilhações que pudessem vir a sofrer com os seus actos de homem tresloucado ou, melhor dizendo, de homem apaixonado, livre. Isto, apesar de lhe tentarem um casamento com a recatada filha de um casal amigo, Sandra (Vinessa Cohen). E é entre Sandra e a sua bela mas um pouco volúvel vizinha Michelle (Gwyneth Paltrow) que se desenrola a duplicidade amorosa a que alude o título. E a angústia de Leonard entre seguir o seu instinto, acreditar no amor, ou ficar-se pela segurança de uma mulher que sabe amá-lo e não lhe oferece dúvidas.

Michelle, no fundo, nunca ‘maltrata’ Leonard. Ela é a amante de um homem poderoso, casado (Ronald, protagonizado por Elias Koteas), que a divide com a família e os afazeres profissionais. A sua culpa é unicamente a de ter concedido a esperança ao infeliz amante Leonard quando ela mesma se encontrava num beco sem saída com o homem que amava e acreditava deixasse tudo por ela. E como tantas vezes acontece na vida real, Leonard acaba por sofrer a amargura e o desencanto por ter acreditado num amor que o devastava a si mas não era inteiramente correspondido do outro lado.

«Two Lovers» é cinema sério. É um drama disfarçado de comédia romântica, é o renascer de um género tão maltratado pelos grandes estúdios de cinema atolados na megalomania de meios e na presunção de que aquilo que os espectadores querem é descomprimir com a docilidade de romances onde falta a verdadeira paixão e a complexidade labiríntica das questões do coração por vezes tão perigosamente perto de factores psicossociais que os condicionam.

James Gray é um talentoso realizador que já assinou filmes como «We Own The Night» (2007), «The Yards» (2000) e «Litle Odessa» (1994) e Joaquin Phoenix é na actualidade o actor que mais se aproxima daquilo que representa o mito de James Dean. E é também de há muito que ultrapassou a associação das avaliações ao seu talento tendo em conta o impacto da morte prematura do seu irmão River Phoenix. Neste filme Joaquin Phoenix volta a estar fantástico na pele de um homem apaixonado que segue um trilho dramático na relação com as mulheres por quem se apaixona. Mais que aconselhável, «Duplo Amor» é um filme imperdível. Até pela complexidade emocional da sua indissociável comparação com a vida.


Two Lovers, de James Gray, com Joaquin Phoenix, Gwyneth Paltrow, Vinessa Shaw, Isabela Rossellini e Elias Koteas

retirado do blogue - Cartório Mental by Joaquim Lucas

segunda-feira, 5 de outubro de 2009