quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Aos 21 anos - A Solidão

Com apenas 21 anos perdia-me em imagens mirabulantes repletas de emoção e em jeito de último grito escrevia assim um poema longo, cheio de dor.....onde estaria a minha verdadeira existencia? Perdida certamente! Hoje já nada destes sentimentalismos me inundam a alma. Hoje aprendi a viver feliz.

Movimentos sinceros
Paisagens que me transcendem a alma
Olhar brilhante, compadecente de infortúnios da vida
Distâncias inoportunas, sofrimentos emanes
Lamúrias existencialistas

Compromissos que não tenho
Viver o passado é algo de constrangedor
O Futuro está ao fundo de um caminho cheio de flores
As flores elevam-me o espírito
Sentimentalismos estonteantes

Sonhos perdidos na incompreensão dos demais
Desmoralização do meu inconsciente perante a crueldade da vida
Inoportunas amizades, amores contraditórios e infinitamente incoerentes
Lembranças que não poderão atormentar a alma
A alma será para sempre prevista no meu olhar

by Zara Ramalho

Significado de um nome singelo: "o meu" ZARA

Zara

Do árabe zahra que significa “flor de laranja”. Existiu uma cidade próxima de Córdova que se chamava Zara da qual ainda existem ruínas. Nome luminoso e evocador. Agradará a todos.

Emotiva e intuitiva. Zara não gosta de exibir o seu íntimo. Com oportunismo, apesar de espontaneamente, arma um círculo de amigos para satisfazer a sua necessidade de ser centro de atenções – aliás em qualquer parte o será – e de dominar com alegria e descontracção. Também a vida afectiva será fruto de tacto e discernimento, mais do que paixões descontroladas.


Personalidade: 1 Planeta: Sol Ser: 2 Estar: 8

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Poor Me, COLDPLAY



Nesta melodia apercebo-me do nosso retrato....estamos tão perto e ao mesmo tempo tão longe....não te compreendo meu anjo....não entendo o teu medo....talvez assim, com os teus avanços e recuos simultâneos, cries em mim uma esperança, uma chama acesa que vai permacendo no vazio da noite....é esse o caminho que escolheste para nós, é esse o sítio escondido que vives constantemente em nós.....
Chegou a hora de conhecer o meu sentimento, a minha dor, o amor que transborda por todas as veias do meu ser, mesmo quando nunca estiveste aqui no meu ser.....
Amo-te e tu amas-me?
Não sei......
E então quem sabe?
Ninguém, apenas eu........

No mês de Outubro....um artigo para o jornal do Núcleo da FCHS

Seremos Ouvidos ou apenas Escutamos?

Zara Mesquita

Quando finalmente conheci esta Faculdade, com a minha entrada no curso de Psicologia, foram me dadas imensas possibilidades de a amar por dentro e de fazer dela a minha “casa”. O primeiro convite para fazer parte desta casa surgiu de Marcos Bonito, o antigo “revolucionário” da FCHS. Acatei todas as solicitações e entrei no “mundo” da FCHS, permanecendo em todos os órgãos de gestão como representante dos alunos. Com o propósito de poder ajudar a melhorar a nossa faculdade, estabeleci pontos de comunicação entre os alunos e os professores dos diferentes Departamentos, não esquecendo a importância e individualidade de cada um deles. É claro que tudo isto não se consegue sozinha, e por isso mesmo desafiei alguns alunos de outros cursos para comigo intervirem no dirigismo académico.
Desde o ano lectivo 2004/2005 passei a colaborar com o Conselho Directivo, Conselho Pedagógico, Senado Universitário, Assembleia de Representantes da FCHS e Assembleia da Universidade. Em alguns momentos senti que a minha colaboração passou de uma forma transparente, quase inócua; nuns casos talvez pelo cargo em si, que assumi na condição de suplente; mas noutros, certamente pelo facto de ser efectiva, tomei posições e atitudes mais apropriadas, ou seja, mais interventivas.
Em dados momentos, ao longo destes anos, temi que a minha permanência fosse inútil nos diferentes órgãos da FCHS, devido à atitude serena e apaziguante em que me refugiei. Esta posição, talvez tivesse sido suscitada por timidez, talvez porque nada mais havia a dizer, ou porque havia outro colega que falaria por todos.
Neste último ano, surgiram pela primeira vez duas listas de alunos para os diferentes órgãos, e ainda que não tivéssemos feito qualquer campanha ou pressão sobre os colegas, os mesmos consideraram que a nossa lista seria uma boa alternativa. Este facto proporcionou à faculdade uma maior e melhor divulgação dos órgãos. Ainda assim tornou-se evidente a falta de feedback dos alunos, que não fazem parte destes órgãos. E daqui surge a fraca rentabilidade dos mesmos, derivada do facto de não haver colaboração mútua. Para ser mais elucidativa, escasseia a comunicação directa entre aluno-professor, talvez por timidez dos alunos que não vivem a faculdade e não lutam por um futuro melhor. E sem o apoio dos alunos, os professores e os diferentes órgãos tornam-se pouco actuantes e quase inexequíveis.
Actualmente todos percebem que os alunos fazem a Universidade e são principalmente eles que desencadeiam a união institucional. Ora se os alunos permanecem impávidos e serenos também os professores nada poderão fazer. É simples. Um facto leva ao outro. A união não surge.
É uma pena coexistirem cursos na Faculdade que sobrevivem com alunos que por vezes se “esquecem” de comparecer às aulas. É lamentável saber que alguns professores universitários, neste momento, podem ter a sua vida académica comprometida.
Assim sendo, coloca-se a questão: Seremos ouvidos ou apenas Escutados?!. Por isso, importa saber qual o verdadeiro papel dos alunos nos diferentes órgãos de gestão da FCHS. Apenas sabemos que os órgãos existem e que todos estão ao nosso dispor. Também penso que se a FCHS tivesse um orçamento mais significativo, poderíamos construir um futuro melhor e, sem dúvida, teríamos uma gestão do capital humano mais profícua, não havendo a necessidade de “destruir” cursos e voltar a “reanimá-los”.
Fazendo um balanço de todos estes anos, julgo que a minha experiência nos diferentes órgãos de gestão tem sido positiva, embora admita que a partir de determinado momento silenciei a minha voz para ouvir melhor a dos demais colegas.

No dia da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais foi assim....

Exmo. Sr. Reitor da Universidade do Algarve
Exmo. Sr. Presidente do Conselho Directivo
Exmo. Sr. Presidente do Conselho Cientifico
Exmo. Sr. Presidente do Conselho Pedagógico
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia de Representantes
Representante dos funcionários não docentes
Exmos. Docentes aqui presentes e Caros colegas, peço desculpa se não cumprimentei algum dos convidados

Foi com muito agrado que aceitei, sem pestanejar, o convite para estar presente num dia em que os novos alunos, meus futuros colegas, são acolhidos por esta “grande família”, apelidada de FCHS.
A Universidade do Algarve já faz parte da minha vida, desde o ano lectivo 2002/2003. Nela cresci, aprendi e, sobretudo, construí um caminho delineado pelos meus princípios. Nesta Universidade, foram-me dados a conhecer os melhores instrumentos para construir um futuro promissor. Na minha Cidade Natal tive o prazer de conhecer duas faculdades distintas, mas de grande valor. Depois de passar dois anos lectivos na Faculdade de Economia, rumei para outras paragens e na FCHS aterrei.
Quando finalmente conheci esta Faculdade, com a minha entrada no curso de Psicologia, foram-me dadas imensas possibilidades de a amar por dentro e de fazer dela a minha “casa”. Na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais conheci aqueles que seriam a minha família, por pelo menos 4 anos, e, por isso pensei, que o melhor passo a dar era lutar pelo sucesso e pela sã convivência académica no seio da mesma.
Por conseguinte, desde o ano lectivo 2004/2005 passei a colaborar com o Conselho Directivo, Conselho Pedagógico, Senado Universitário, Assembleia de Representantes da FCHS e Assembleia da Universidade, umas vezes como efectiva outras como suplente. A minha experiência tem sido bastante positiva e espero que um dia, muitos destes novos colegas que aqui chegaram acolham esta Faculdade como uma “família”.
É importante enunciar que tudo está ao vosso dispor, porque temos um leque de oportunidades vasto; o truque passa por conquistá-las.
Os Docentes e Funcionários estarão sempre presentes ao longo do vosso percurso académico, como têm estado no meu e no de todos. Façam desta faculdade a vossa casa, a vossa família e não criem expectativas díspares ou erróneas sobre os vossos cursos. Sigam as vossas intuições e sonhem acordados.
A FCHS constituiu-se em 2001 e, actualmente, ministra diversas licenciaturas que fazem parte integrante de quatro departamentos: Departamento de Ciências da Educação e Sociologia; Departamento de História, Arqueologia e Património, Departamento de Letras Clássicas e Modernas e Departamento de Psicologia.
Na FCHS subsistem também cursos de especialização, pós-graduações e mestrados afectos a todos os Departamentos. E, não menos importante, foram desenvolvidos centros, laboratórios e grupos de investigação que realizam a sua actividade em diversas áreas e domínios científicos, de entre os quais destaco, muito particularmente, o Grupo de Neurociências Cognitivas e o Centro Universitário de Investigação em Psicologia.
Rumo ao Sul, tenho a certeza que na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais conhecerão pedagogos que por vós serão lembrados para sempre. Poderemos ser já uma grande família, mas se lutarmos mais, ao lado uns dos outros, estou certa de que cresceremos muito mais.
Lembro que a nossa “família” dispõe de núcleos pedagógicos, onde os alunos também podem dar voz à sua própria voz, ainda que os mesmos estejam afectos à Associação Académica da Universidade do Algarve. O núcleo de estudantes de Psicologia (NEPSI), o núcleo de estudantes de Ciências da Educação e Formação (NECEF) e o núcleo pedagógico da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (NEFCHS), são os que nasceram e persistiram ao longo destes anos.
O núcleo pedagógico da FCHS, actualmente coordenado pela aluna Ana Tarrafa, pela Andreia Fidalgo e pelo David, têm manifestado interesse na incrementação da vida sócio-estudantil na nossa faculdade através da publicação de um jornal. Nele se têm descoberto alunos de talento que criticam e deambulam por assuntos muito prementes, mas que fazem parte da nossa vida académica. O núcleo Pedagógico tem desenvolvido também um importante papel, ou seja, ouvir os alunos em reuniões periódicas, para que à posteriori se faça a ponte do que foi discutido com os demais órgãos da Faculdade.
O núcleo de estudantes de Psicologia, coordenado essencialmente por Vítor Ortuño, e demais colegas, renasceu de um antigo projecto, e, por si só, emergiu com várias actividades, nomeadamente palestras no âmbito desta nossa Ciência Humana. Neste núcleo foi também imprescindível a edição de um jornal, onde todos os futuros psicólogos podem publicar pequenos artigos sobre inúmeras problemáticas, não relativizando de todo qualquer patologia. Este núcleo destaca-se principalmente na orientação de todos os alunos de Psicologia e no seu percurso académico, nomeadamente no que diz respeito ao Processo de Bolonha. Afecto a este núcleo existe ainda um site, onde os demais alunos podem disponibilizar os seus apontamentos on-line, enviar os seus artigos, ter acesso a todos os jornais já editados e conhecer um pouco mais das funcionalidades do próprio núcleo.
Por último, torna-se imprescindível enunciar aqui a importância de todos nós, alunos, ao fim e ao cabo a alma e a essência desta Universidade. Actualmente, todos percebem que os alunos constituem em si a própria Universidade, e são, principalmente, eles que contribuem para a união institucional. Ora se os alunos permanecem impávidos e serenos também os professores nada poderão fazer. É simples. Um facto leva ao outro. A união não surge.
Por isso, amem esta “casa”, instalem aqui as vossas cadeiras, sentem-se, acomodem-se e levantem-se apenas nos momentos mais oportunos. Todos vão estar por perto, sejam eles funcionários, docentes e/ou antigos alunos. Somos um grupo de amigos e assim continuará a ser... basta quererem.

Representante dos alunos da FCHS - Universidade do Algarve
Zara Ramalho V. V. Mesquita - Estudante de Psicologia